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“Panamericana mudou a minha vida”, diz ex-aluna da escola

A designer de Animação e Games Thaynan Lana conta que não sabia que poderia fazer da paixão pelo desenho uma profissão bem sucedida e conseguiu graças à Panamericana
Desde criança, Thaynan Lana sempre foi apaixonada por desenhar. Na época, gostava muito de pintar e desenhava personagens da sua imaginação na escola. Apesar de ter tido seu talento incentivado pelos pais, ela não tinha ideia de que poderia fazer da paixão uma profissão e terminou não desenvolvendo suas habilidades tão cedo. Quando terminou o colegial, teve dificuldades para encontrar um curso superior que fosse exatamente o que queria e passou a buscar por cursos livres, até que encontrou a Panamericana.
"Na minha busca por uma formação profissional, só encontrei alguns cursos padrão, como design gráfico ou arquitetura, e não era isso exatamente que eu queria. Eu queria trabalhar com desenho, criando personagens em estúdio, e não sabia que curso fazer para me especializar nisso. Aí, por meio de algumas indicações fui fazendo pequenos cursos, um seguido do outro e trabalhando ao mesmo tempo, até encontrar a Panamericana", relembra Thaynan.
Na Panamericana, Thaynan escolheu o curso de formação de Design de Animação e Games, e percebeu que era aquilo que ela procurava: "Eu pesquisei bastante para escolher o curso na escola. Quando eu vi o conteúdo daquele curso de Design de Animação e Games no site, soube na hora que era o que eu queria fazer. O curso tinha aulas de criatividade, tinha o desenho, animação, tinha tudo que eu gostaria de explorar e aprender mais. Na época, eu não tinha muito conhecimento, mas eu já praticava. Foram dois anos de curso e até hoje eu sempre falo que a Panamericana mudou a minha vida. Não é bajulando a escola, nem nada, mas é mudou mesmo".
A hoje ilustradora, colorista e setuper começou estudando à noite e se encantou com a escola e com possibilidade de fazer do seu talento uma profissão: "Os professores eram todos muito bons com a gente. Eles já trabalhavam na área, então, ao mesmo tempo em que a gente aprendia as matérias, trocávamos experiências de vida e da profissão. Isso foi uma das muitas coisas muito boas do curso, essa troca de ideias. Ali eu desenvolvi bastante a minha criatividade e meus desenhos, e aquele ambiente me incentivou a querer aprender mais, sabe?".
Thaynan gostou tanto das aulas que, quando a escola precisou mover sua turma para o período da tarde, não hesitou em pedir demissão do seu emprego para concluir o curso: "Eu sabia que aquela era a minha chance, eu tinha certeza de que eu iria conseguir alguma coisa no final do curso. Parece que eu estava pressentindo, porque eu estava me dedicando tanto, eu aprendia cada coisa importante que estava mudando a minha vida, não só de conteúdo de arte e desenho, mas de vida mesmo. Então juntei uma graninha, pedi as contas no meu trabalho e comecei o segundo ano já focada em criar o meu projeto final, porque eu sabia que ele seria o meu portfólio".
Decidida a fazer do seu projeto final na Panamericana o início de sua carreira na área de Animação e Games, Thaynan venceu o medo e contou com o apoio dos professores da escola. "Eu tinha muito medo, porque era algo totalmente novo, e eu não sabia o que iria acontecer, mas tentei dar o meu melhor. Parece que eu sabia que aquele projeto seria minha porta de entrada para algum estúdio. Durante o curso da Panamericana, a gente passava por todas as etapas que geralmente existem em estúdios reais, então, meio que você é seu próprio diretor. Isso é muito legal, porque a gente aprende como que é cada setor, pré-produção, produção e pós, então você ganha uma noção de como é o mercado realmente. Para quem é leigo isso é muito importante. Eu nunca tinha tido nenhuma experiência em estúdio e nem nada, nunca tinha pego nem freela, e tinha muito medo. Mas no final, esse foi outro ponto em que o curso me ajudou, eu ganhei confiança".
O esforço e dedicação de Thaynan foram tão grandes que ela terminou sendo contratada para trabalhar no estúdio de um dos professores do curso: "Eu acho que uma das coisas que chamou a atenção dele foi a minha vontade e o meu esforço de correr atrás de uma oportunidade. Na época, como eu já tinha meu projeto de conclusão de curso pronto na mão, eu comecei a ir em muitos eventos de economia criativa pra tentar mostrar meu trabalho. Peguei um tablet emprestado, salvei meu projeto nele e saí por aí mostrando para todo mundo da área nesses eventos. Eu fiz meu próprio cartãozinho, porque teve uma aula na Panamericana em que a gente aprendeu a criar nossa identidade visual, então eu me apresentei como profissional mesmo. Aproveitei tudo o que aprendi e todas as chances que tive e consegui despertar o interesse de algumas pessoas antes de ser contratada como estagiária do estúdio Tortuga, bem no finalzinho do ano quando já estava terminando o curso".
Nesse primeiro estúdio, Thaynan começou estagiando e trabalhou como animadora no filme "A Mansão Maluca do Professor Ambrósio": "Foi a minha primeira experiência trabalhando com outros animadores, com diretor de arte e com ferramentas totalmente novas. Eu agradeço muito a essas pessoas que me ajudaram lá, porque foi uma troca de aprendizado. Com a pandemia, infelizmente o estúdio não conseguiu manter a equipe e eu comecei a pegar alguns freelas, ainda com a ajuda dos professores da escola e do networking que fiz em todos os eventos. Ao mesmo tempo eu também participava em grupos de estudos, fui conversando com gente que já trabalhava na área e criando uma rede de networking, que foi fundamental para a minha trajetória".
Depois de trabalhar com design de personagens para um jogo mobile para a Messier Tech e fazer alguns outros freelas na área, Thaynan foi contratada pelo estúdio Alopra, onde hoje segue trabalhando como setuper. Além disso, ela continua fazendo trabalhos de ilustrações e cores para HQs e acredita que ainda tem um longo caminho a percorrer na área e muito o que crescer profissionalmente, graças à Panamericana: "Vou dizer de novo, o curso foi muito transformador. Foi ali que eu entendi que a profissão que eu queria para a minha vida de fato existia, que era possível. Lá eu conheci pessoas que trabalham na área e me contaram como o mercado funcionava. Ali eu aprendi tanta coisa que eu nem sei exatamente listar. É muita coisa".
Questionada sobre o que aprendeu na escola que mais a ajudou em sua trajetória, Thaynan frisa que o ensino prático da Panamericana também foi fundamental para que ela conseguisse se estabelecer no mercado: "A escola me ajudou a perceber detalhes que as pessoas geralmente não percebem e me fez colocar a mão na massa. Eu senti muita diferença no curso da Panamericana exatamente por isso. Eu conheço pessoas no mercado que optaram por fazer faculdade de quatro, cinco anos ao mesmo tempo que eu fazia o meu curso e vi que eles aprendiam muita teoria, mas não botavam tanto a mão na massa. Eu não, eu tive muita prática, e quando terminei o curso já estava pronta pro mercado, sabendo como ele funcionava e sabendo fazer o que era preciso".
"Outra coisa que me ajudou muito durante o curso foi buscar referências, alimentar o meu artista interior com filmes, desenhos, eventos, pessoas, museus. Absorver esses conhecimentos, saber como utilizar isso, para transformar a bagagem em uma história que cative o público, saber o que que as pessoas gostariam de ver, o que você gostaria de mostrar, como você mostraria. A Panamericana me ensinou tudo isso", conta ela.
Para os aspirantes a designers de animação e games que têm receio de investir na carreira, Thaynan aconselha: "É preciso muita persistência, né? São meses, são dias, mas um dia a gente consegue! Foquem nos projetos de vocês, vão a eventos, invistam em networking, porque o networking é muito importante. Façam cursos se puderem, procurem informações e tutoriais na internet, corram atrás do que querem. Eu tinha muito medo de ir para essa área, porque geralmente as pessoas falavam: 'Ah! Não vai dar certo' ou 'Não dá futuro'. Mas quando encontrei a Panamericana e vi gente igual a mim ali, eu senti que aquele era o meu lugar. Foi uma batalha conseguir seguir o que eu queria. Eu corri atrás mesmo. Eu ia todo o dia para escola trabalhar no meu projeto lá, eu trabalhava de manhã e estudava à noite, era cansativo, mas valeu a pena. É difícil, mas acho que se empenhando e se você tem vontade você consegue. Eu consegui!"